sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Lençoterapia!


Os lenços são acessórios que podem ser utilizados de diferentes formas em diversos estilos, tornando-se peça coringa no guarda-roupa das mulheres. Mas a história dos lenços é antiga e cheia de curiosidades, como por exemplo: 
Lenços eram usados para limpar o
suor e estava sempre ao alcance das mãos;
Foram usados na cabeça pela futura rainha
Carlota Joaquina, por causa de uma infestação
de piolhos que, inclusive, a obrigou a raspar
a cabeça, quando chegada da família real no Brasil;

Na Roma antiga os lenços de linhos 
surgiram para proteger as pessoas do frio.

E nos dias de hoje essa versatilidade só aumenta, e passou a ter uma função muito importante...

Pensando nos efeitos resultantes da quimioterapia, logo lembramos da queda dos pelos do corpo, quando células saudáveis também são afetadas durante o tratamento. Para os homens não é fácil, mas certamente é mais chocante para aquelas que sempre prezam pela beleza, as mulheres, que acompanham no decorrer do tratamento, a perda dos cabelos.
 Assim, a moda com lenços tem se revelado muito importante para inúmeras mulheres com diagnóstico de câncer, que enfrentam a difícil mudança na aparência, mostrando que é possível ser linda mesmo doente, e que faz muita diferença enfrentar a situação de cabeça erguida (de preferência enfeitada com belos lenços).
Com diversas formas de utiliza-los, as mulheres se valem da criatividade e bom gosto no uso dos lenços. Desde os básicos aos coloridos, inúmeras são as possibilidades de combinação com roupas, bem como na maneira de aplicá-los.


Foi com uma visão otimista que a blogueira Flávia Flores, após ser diagnosticada com câncer, se dedicou na criação de um blog, onde são oferecidas dicas de lenços e outros assuntos, e até uma campanha de doação destes para mulheres com o mesmo problema. Iniciativas como estas, mostram como algumas pessoas tem encontrado uma maneira positiva de lidar com situações dessa natureza, trazendo dinamismo e alegria, mesmo nas mais inaceitáveis condições.

Se interessou pela história da Flávia? Acompanhe agora um dos vídeos da blogueira, ensinando a fazer 10 amarrações com lenços em 5 minutinhos:





Para mais informações sobre a Flávia Flores e o Banco de Lenços, acesse: Quimioterapia&Beleza



A fisioterapia e os cuidados paliativos em pacientes oncológicos terminais.


http://www.ffomc.org/cursos/2011/08/11_08_17_cuidados_paliativos
O câncer consiste em uma doença caracterizada pelo desenvolvimento de sintomas, que além de medo, causam inúmeros desconfortos e limitações. Sintomas decorrentes do processo natural da doença, como também dos tratamentos medicamentoso, radio ou quimioterápico¹. Dentre estes, estão agitação psicomotora e confusão mental, alterações da mucosa bucal, anorexia, constipação intestinal, depressão, dispneia, distúrbios do sono, edema e linfedema, fadiga, náuseas, vômitos, dor, que dessa forma afetam o dia a dia dos pacientes². É nessa conjuntura que surgem os cuidados paliativos, como alternativa para o alívio e/ou prevenção dos sintomas, sobretudo da dor, garantir a melhoria da qualidade de vida, ainda que diante da impossibilidade de cura.


A atuação da equipe multidisciplinar é fundamental na recuperação e devolução da autonomia do paciente em seus últimos dias de vida³. A participação coletiva representa a aplicação do saber de cada profissional tendo em vista a situação de saúde de um paciente, que ainda tendo pouco tempo, pode enquanto humano, também morrer de forma digna. 

   “O movimento de cuidados paliativos trouxe de volta, no século XX, a possibilidade de reumanização do morrer, opondo-se à ideia da morte como o inimigo a ser combatido a todo o custo; ou seja, a morte volta a ser vista como parte do processo de vida, e no adoecimento, os tratamentos devem visar à qualidade dessa vida e ao bem-estar da pessoa, mesmo quando a cura não é possível” (Borges, Silva, Toniollo, Mazer, Vale e Santos, apud Kovács, 2003; Torres, 2003)4.

O fisioterapeuta tem papel de fundamental no processo de cuidado na fase terminal. Assim, é através de técnicas e recursos que a fisioterapia entra no contexto de vida e doença e do cidadão, para amenizar os sofrimentos decorrentes da sua condição. Por cada paciente possuir características clínicas peculiares, as estratégias de tratamento paliativas devem se ajustar à manifestação da doença e de seus respectivos sintomas. Assim, como importantes recursos e técnicas fisioterapêuticas, estão:
http://labedbaiana.blogspot.com.br/2012/07/eletroterapia.html
  •  A eletroterapia, em que o TENS, (estimulação elétrica nervosa transcutânea), é utilizado de maneira mais cuidadosa, produzindo efeito analgésico, quando a corrente elétrica estimula fibras sensoriais específicas acompanhada pela ativação de interneurônios inibitórios da medula espinal, com a melhoria da circulação sanguínea, manutenção do trofismo muscular, etc4.
http://www.renatahermes.com.br/servicos/saude/massoterapia/
  • A massoterapia, atua não apenas na redução da dor, como também diminuição do stress, da ansiedade, dentre outros, onde as manobras manuais exercidas sobre os tecidos produzem alívio e bem estar, através do relaxamento muscular.
    http://www.fisioterapiaesteticasantos.com.br/
  • A cinesioterapia tem efeitos importantes quando se pensa na redução da mobilidade de muitos destes pacientes. Permite a melhoria da flexibilidade e da força muscular, da amplitude articular, através da prática de exercícios físicos.
http://tudoefisio.wordpress.com/2010/10/30
/meios-fisicos-em-reabilitacao-termoterapia/
  • A termoterapia também é indicada para promover relaxamento muscular e diminuição de espasmos. Mas devem ser considerados os cuidados necessários, onde não é permitido a aplicação desses recursos sobre regiões do tumor, para evitar riscos que podem prejudicar o quadro clínico do paciente 5.


http://guiascuritiba.com.br/cursos/tecnico-em-oncologia/
  




A relação fisioterapeuta-paciente também é fundamental no processo de tratamento, em que a construção de um vínculo baseado na confiança favorece no cuidado. O paciente deve ser concebido do ponto de vista social, psicológico e espiritual, em que o cuidado não se restringe apenas à doença em si, a fim de permitir que os benefícios psicológicos favoreçam a recuperação física do mesmo 6 .
Dessa forma, os diversos recursos que a fisioterapia oferece, buscam mudanças positivas no quadro clínico, para que seja possível a redução do período de hospitalização, o retorno da capacidade funcional, o aumento da independência e a maior proximidade com a família, de maneira que a qualidade de vida do paciente possa ser assegurada nos seus momentos finais.












Referências:
  1. Muller, Alice Mânica; Scortegagna, Daiane; Moussalle, Luciane Dalcanale. Paciente Oncológico em Fase Terminal: Percepção e Abordagem do Fisioterapeuta, 2011.
  2. Coradazzi; Oliveira. Controle de sintomas em pacientes oncológicos: eterno desafio, 2010.
  3. Muller; Scortegagna; Moussalle. Paciente Oncológico em Fase Terminal: Percepção e Abordagem do Fisioterapeuta, 2011
  4. Borges, Alini Daniéli Viana Sabino; Ferreira da Silva, Elisângela; Bighetti Toniollo, Patrícia; Maria Mazer, Sheila; Ranier Martins do Valle, Elizabeth; dos Santos, Manoel Antônio. Percepção da morte pelo paciente oncológico ao longo do desenvolvimento, 2006, apud, Torres, W. C.  A bioética e a psicologia da saúde: reflexões sobre a questões de vida e morte, 2003.
  5. Sampaio, Luciana Ribeiro; Moura, Luciana Vitor de; Resende, Marcos Antônio. Recursos fisioterapêuticos no controle da dor oncológica: revisão da literatura.
  6. Muller, Alice Mânica; Scortegagna, Daiane; Moussalle, Luciane Dalcanale. Paciente Oncológico em Fase Terminal: Percepção e Abordagem do Fisioterapeuta, 2011.






terça-feira, 4 de novembro de 2014

Atuação da Fisioterapia no Câncer de Próstata






O câncer de Próstata é a segunda causa de morte entre os homens, superado apenas pelo câncer de pulmão. Segundo os dados do Instituto Nacional do Câncer - INCA, em 2011 foram cerca de 13 mil casos de óbitos por esse tumor. 


A fisioterapia tem uma grande atuação neste tipo de câncer, principalmente no pós operatório, uma vez que o tratamento mais recomendado para esse tumor é a prostatectomia radical, que consiste na retirada da próstata. Em alguns casos após esta retirada pode ocorrer complicações como por exemplo a incontinência urinária, isso acontece pelo fato da próstata estar envolvendo a uretra, ela acaba funcionando, como um esfincter,  controlando a "saída" da urina.

A fisioterapia, nesse caso, terá como finalidade a reabilitação dessa região, fortalecendo os músculos do assoalho pélvico através de técnicas como a eletroestimulação, que consiste em estímulos elétricos através de eletrodos colocados na região do períneo por via percutânea, ou também a cinesioterapia, que consite na realização de movimentos ou exercícios terapêuticos. Ambas  visam promover a resistência esfincteriana da região.




Conhecendo melhor


Para saber mais sobre como atua a Fisioterapia na área de oncologia e tirar algumas dúvidas, confira abaixo a entrevista feita com o Prof. Everton Carvalho, formado em Fisioterapia em 2008 pela Escola Bahiana de Medicina, com especialização em Acupuntura. Coordenador da área de Fisioterapia Ambulatorial e Fisioterapia Ocupacional do Hospital Aristides Maltez. Professor da Escola Bahiana de Medicia desde 2010, professor substituto da UFBA desde 2013.








terça-feira, 30 de setembro de 2014

Atuação da Fisioterapia no Câncer de Mama



Segundo o INCA, estima-se que no ano de 2014 (estimativa válida também para 2015), aproximadamente 57 mil novos casos de câncer da mama atingirão as brasileiras, sendo esse o terceiro tipo de tumor maligno mais incidente, atrás apenas do câncer de próstata(69 mil) e do câncer de pele do tipo não melanoma (182 mil)¹. 

Diante de números tão alarmantes, busca-se cada vez mais conscientizar a população da necessidade do auto exame e consulta médica regular, para que haja uma detecção precoce, o que aumenta as chances de cura. O tipo de tratamento muda conforme o estado do tumor, podendo ser cirúrgico (retirada do tumor ou da mama), radioterápico, quimioterápico, entre outros.

http://www.mariopenna.org.br/mariopenna/Pagina.do?idSecao=365
Tais tratamentos podem deixar sequelas – como dor, fraqueza muscular, diminuição da amplitude de movimento, alterações respiratórias, falta de controle motor – e é responsabilidade do fisioterapeuta diagnosticar essas possíveis disfunções, bem como escolher e adequar as técnicas de tratamento. ²

A restrição do movimento dos braços nas primeiras semanas após a cirurgia de retirada da mama (mastectomia), por exemplo, pode ocasionar fraqueza  e dificuldade de movimentação nos membros superiores. Essas deficiências são reversíveis através de exercício de alongamento, exercícios para ganho de força muscular e amplitude de movimento e técnicas de drenagem linfática. Outra técnica que pode ser aplicada é o Pilates para reparar as alterações posturais e de equilíbrio causadas pela retirada da mama, que afeta o eixo da coluna, deixando um lado mais pesado que o outro.³

A fisioterapia, portanto, vai proporcionar uma melhor qualidade de vida e a retomada às condições necessárias para realização de atividades da vida diária dessas pacientes.




Referências:
1- Estimativas INCA - Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2014/index.asp?ID=2
2- O que você precisa saber sobre Fisioterapia Oncológica - Disponível em: http://www.oncoguia.com.br/site/print.php?cat=123&id=1788&menu=2
3 - Complicações físico-funcionais no Pós Operatório de Mama - Disponível em: http://www.oncofisio.com.br/complicacoes-fisicofuncionais-no-pos-operatorio-de-mama-


O que você precisa saber sobre a Fisioterapia Oncológica





ENTENDENDO O CÂNCER 

Segundo a definição do Instituto Nacional de Câncer (INCA)¹, o câncer é o nome dado a um conjunto de doenças que tem o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos, essas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos que podem se espalhar para diversas partes do corpo.

A FISIOTERAPIA NOS CUIDADOS AO PACIENTE COM CÂNCER

O Concelho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO)², através da Resolução n° 364, de 20 de maio de 2009, reconhece a Fisioterapia Onco-Funcional como especialidade do profissional Fisioterapeuta. 


Assim, de acordo com o INCA¹ a Fisioterapia Oncológica tem como objetivo preservar, manter e restaurar a integridade dos órgãos que são atingidos por esta doença, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes, prevenindo e amenizando os distúrbios causados pelos tratamentos.


CÂNCER - ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA 


 Dores, dificuldade respiratória, fibrose pulmonar, edemas, restrição de movimentos, entre outros agravos, são consequências do tratamento do câncer e que podem ser amenizados com os tratamentos fisioterapêuticos. Existe uma grande diversidade de técnicas que podem ser usadas nestes pacientes, as quais irão variar conforme cada caso. Segundo o INCA¹ a assistência fisioterapêutica deve ter inicio no pré-operatório visando o preparo para o procedimento e redução de complicações. 


A fisioterapia também atua nos cuidados paliativos – uma abordagem que melhora a qualidade de vida de pessoas diante de doenças que ameacem a continuidade da vida –  com a finalidade de amenizar a dor e o sofrimento causado pelos sintomas da doença, proporcionando uma melhora na qualidade de vida para estas pessoas que na maioria das vezes estão debilitadas tanto fisicamente como psicologicamente.



Referências:
  1. INCA- Disponível em: (http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322)
  2. COFFITO- Disponível em: (http://www.coffito.org.br/publicacoes/pub_view.asp?cod=1701&psecao=9)

Mito ou verdade?